quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ORIXÁS

ORIXÁS
1.1.      Na Umbanda os Orixás são entendidos como divindades que tem funções bem definidas na criação, entre as quais as de auxiliar-nos, sendo que elas são bem conhecidas pelos umbandistas, que recorrem a um ou a outro Orixá, sempre de acordo com suas necessidades e procedendo segundo os procedimentos de cada um deles.
Eles estão sempre a nossa disposição e tem sim a suas orações especificas.
  • 1. 2. Os Orixás possuem poderes (ou energias) conhecidas como Axés, energias estas que, por provirem de divindades são realizadoras na vida dos seres.
Como exemplo podemos citar uma pessoa com sérios embaraços em sua vida e que recorrem ao Orixá Ogum para desembaraça-la pois o seu axé traz entre outras vibrações divinas uma denominada vibração "desembaraçadora" e cuja função é desembaraçar tudo que estiver embaraçado.
Portanto, ao falarmos em Orixá estamos falando de divindades realizadoras.
  • 2. 3. Não existe uma diferença de importância dos Orixás na Umbanda e no Candomblé porque em ambas eles são as divindades supremas sustentadoras da criação e só tem acima de si o Divino Criador Olorum.
  • 3. 4. Na Mitologia tradicional dos Orixás eles foram descritos como seres humanos excepcionais e fundadores dos reinos e cidades míticas associadas a eles na região da África hoje conhecida como Nigéria. Mas, na Umbanda eles tem recebido uma nova interpretação onde são descritos como divindades- mistérios do Divino Criador Olorum.
Esclarecidas as visões dos Orixás no Candomblé e na Umbanda então podemos afirmar que sim, tal como no Cristianismo Jesus ascendeu, os Orixás Mitológicos também ascenderam.
  • 4. 5. Uma pessoa pode saber a qual ou quais Orixás ela está conectada energicamente através de vários métodos ou jogos divinatórios tais como: o jogo de búzios, de cauris, do edingolum ou merindingolum, isto no Candomblé pois na Umbanda os processos de identificação são manipulados pelos Guias espirituais.
  • 5. 6. Se tem muitas pessoas que costumam associar a Umbanda e os Orixás ao mal e a demônios isto se deve a intolerância religiosa, ao preconceito e ao racismo, infelizmente mascarados nas mensagens de supremacia de um deus branco e cristão, ignorância esta propagada continuamente por pessoas seguidoras de certas seitas cristãs.
  • 6. 7. Na Umbanda o fenômeno da psicografia não é tão cultivado quanto no espiritismo, mas após o surgimento das obras psicografadas por mim começou a surgir muitos outros médiuns umbandistas também possuidores desta faculdade mediúnica, fato esse comprovado pelos inúmeros livros já editados e que foram psicografados nos anos recentes.
  • 7. 8. A pessoa, para ser classificada como médium umbandista tem que possuir a faculdade mediúnica de incorporação.
Agora, para ser umbandista não tem que possui-la e basta converter-se a Umbanda e seguir seus preceitos.
            9.   A Umbanda vê a questão da obsessão espiritual de duas formas:
  • 1. 1. Como um problema cármico
  • 2. 2. Como um desequilíbrio profundo no intimo do encarnado e que atrai seus afins desencarnados.
10. Eu creio que a abordagem da mídia sobre a Umbanda e os Orixás é deficiente e isso deve-se ao fato de que a maioria dos repórteres e jornalistas tem dificuldade de entender a profundidade religiosa existente por trás dos trabalhos espirituais realizados nas sessões de atendimento ao publico pelos guias espirituais.
Confundem os espíritos incorporados,  dando consultas , dando passes energéticos e realizando descarregos com algo caótico ou pagão e não diferenciam esse tipo de trabalho socorrista, que aberto, da religião em si e da grandeza dos Orixás que dão sustentação a todos os trabalhos realizados pelos seus falangeiros ou guias espirituais.
11. O Orixá é um poder divino estável na criação e não estão sujeitos a desvios de condutas, inerentes aos seres humanos.
Agora, espíritos ou forças da natureza regidos pelos Orixás e que são seres ainda em revolução, estes sim tanto podem ser direcionados para o bem tanto quanto para o mal, tudo dependendo do grau de evolução deles.
12. Não existe diferença do termo Orixá, a não ser na grafia, para Umbanda, Candomblé e Quimbanda.

"A MAGIA DIVINA DOS SETE PORTAIS SAGRADOS"

"A MAGIA DIVINA DOS SETE PORTAIS SAGRADOS"
APRESENTAÇÃO
  • - - PORTAIS!
Eis uma palavra com múltiplos significados, todos derivados da palavra porta, que significa passagem de um ambiente para outro, seja o de entrar ou sair de uma casa ou de, já dentro dela deslocar-se pelos seus cômodos.
Muitas são as utilidades das portas (ou portais) e muitas são elas, sendo que umas permitem que saiamos de dentro de um ambiente e outras nos permitem entrar em outros, assim como tem aquelas que tanto são da entrada quanto de saída porque são únicas.
  • - - Pois bem!
A Magia Divina dos Sete Portais Sagrados nos conduz para um dos mais fascinantes mistérios da criação, que é o das "passagens divinas", passagens essas que permitem que um espírito desloque-se através dos muitos planos da criação, formados internamente por reinos, domínios, dimensões e realidades hiper-habitados por seres semelhantes a nós, os espíritos humanos, mas que vivenciam outros tipos de evolução.
Essa magia nos abre um grandioso e importante mistério da criação divina e nos revela a sua perfeição, existente até nos detalhes imperceptíveis, só visualizados por quem é bom observador da obra divina.
  • - - Porta, portal e passagem são três palavras sinônimas, mas que se aplicam a coisas diferentes.
  • - - Porta: Para deslocamento de um ambiente para outro.
  • - - Portal: Para entrada em um reino ou domínio.
  • - - Passagem: Para entrada em um novo meio (faixa vibratória, dimensão, realidade ou plano de vida).
Na verdade, a Magia Divina dos Sete Portais Sagrados é regida pelo mistério das Sete Passagens porque esse é o mistério maior, que é regido pelo Trono da Evolução, o responsável pela elevação ou rebaixamento dos espíritos que vivem e evoluem nos mais variados níveis vibratórios da Criação.
A Magia Divina dos Sete Portais Sagrados é uma das vinte e uma magias regidas pelo mistério maior das Sete Passagens, quase todas elas fechadas e desconhecidas no lado material da vida, sendo que o pouco que conhecemos deve-se a algumas revelações dos nossos mestres de Magia Divina.
Quando psicografei em 1991 o livro "Hash Meir, o Guardião dos Sete Portais do Templo da Deusa Dourada" e sua continuação "O Guardião das Sete Portas das Trevas", ambos atualmente juntados em um só livro denominado "O Guardião dos Sete Portais". Muita coisa não escrita ficou no ar à espera de respostas que melhor definissem o que eram esses "Sete Portais".
Muitas informações se somaram posteriormente quando em 1999 começou o ensino da Magia Divina nos cursos ministrados mim e que me foram transmitidos por Mestre Seiman Hamisèr Ye.
Ele nos trouxe muitas informações e entre elas a de que todo espaço mágico é um portal capaz de absorver, recolher e encaminhar para os seus devidos lugares na Criação todos os negativismos projetados contra uma pessoa através da magia negativa ou atraídos por ela devido a baixa qualidade dos seus pensamentos e sentimentos.
Eu, que sou umbandista e sigo uma religião que tem na magia ritual um de seus recursos para auxiliar as pessoas, e que já havia lido todos os autores umbandistas cujos livros me chegaram à mão, neles jamais havia lido nada parecido ou que pudesse ser comparado às revelações de Mestre Seiman.
Tornei a reler quase uma centena de livros de Umbanda, entre os quais os dos mais renomados autores e não vi em nenhum deles uma só revelação ou comentário sobre o Mistério das Passagens, dos Portais e das Portas e sim, vi, (já com outros olhos) um repetivismo sobre a magia ritual Umbanda e que consistia em fazer oferendas na natureza e nada mais!
Portanto, foi só após a publicação de muitos dos livros psicografados por mim que a palavra "portal", tanto quando associada à magia quanto às passagens entre os planos, dimensões, reinos e domínios popularizou-se, tanto dentro da Umbanda quanto no esoterismo e no espiritualismo.
Hoje, em 2010 e já com cerca de sessenta livros publicados e com o mistério dos portais popularizado, finalmente recebi a autorização para abrir para o plano material a "Magia Divina dos Sete Portais Sagrados!".
Se fiz esse comentário é porque as Magias Divinas das Sete Chamas, das Sete Pedras, das Sete Ervas, dos Sete Elementos, dos Sete Símbolos, etc., trabalham com portais elementais (construídos com elementos naturais colocados em seus pólos mágicos) e com a Magia das Sete Cruzes, dos Sete Raios, etc, trabalham com portais mentais divinos.
Inclusive, a Magia Divina dos Sete Raios Sagrados, a quarta das magias que foi aberta, trabalha o tempo todo com os "Portais dos Raios Divinos" regidos pelo Mistério dos Sete Raios Sagrados, que são regidos pelos Sete Tronos de Deus. Fato esse que abriu para os que se iniciaram nessa magia o mistério dos portais energéticos, constituídos etericamente pelas sete irradiações divinas e regidos pelos seus sete Tronos.
Essa abertura parcial do "Mistério dos Sete Portais Sagrados" abriu um vasto campo até então desconhecido e, fora uns poucos magos iniciados por mim nessa magia, todos preservaram o juramento de silencio feito duramente suas iniciações.
Mas houve os que não conseguiram guardar segredo e a partir do que haviam aprendido comigo durante os cursos de Magia Divina, criaram suas próprias "magias", recebidas, segundo eles de mensageiros de altos planos.
Esqueceram-se dos meus avisos de que seus mestres de magia lhes ensinariam muitas coisas mais e que deveriam preservar esses conhecimentos, pois mais adiante todos os graus da Magia Divina seriam abertos e, além do conhecimento e das revelações já recebidos através de mim, somariam aos graus que ministrariam seus novos conhecimentos e revelações, fato esse que enriqueceria suas aulas de magia.
Todos os que quebraram a "Lei do Silêncio" foram desligados em espírito da egrégora da Magia Divina e hoje trilham caminhos próprios, não revelando aos seus alunos e seguidores iniciados que tudo o que estão ensinando-lhes aprenderam nos cursos que fizeram comigo.
      Que todos façam um bom trabalho de ensinar pessoas nos campos da magia.
Mas que nenhum deles se esqueça de que mais adiante, já em espírito, todos terão que prestar contas da quebra do juramento de silencio sobre os mistérios divinos, fato esse que, já nesse tempo futuro, recolocará cada um no seu devido lugar.

Yemanjá

Yemanjá PDF Imprimir E-mail

Yemanjá é o Trono feminino da Geração e seu campo preferencial de atuação é no amparo à maternidade.

Yemanjá é por demais conhecida e não nos alongaremos ao comentá-la.

O fato é que o Trono Essencial da Geração assentado na Coroa Divina projeta-se e faz surgir, na Umbanda, a linha da Geração, em cujo pólo magnético positivo está assentada a Orixá Natural Yemanjá, e em cujo pólo magnético negativo está assentado o Orixá Omulu.

Yemanjá, a nossa amada Mãe da Vida é a água que vivifica e o nosso amado pai Omulu é a terra que amolda os viventes. Como dedicamos um comentário extenso ao Orixá Omulu, vamos nos concentrar em Yemanjá.

Yemanjá rege sobre a geração e simboliza a maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente. Ela se projeta e faz surgir sete pólos magnéticos ocupados por sete Yemanjás intermediarias, que são as regentes dos níveis vibratórios positivos e são as aplicadoras de seus aspectos, todos positivos, pois Yemanjá não possui aspectos negativos.

Estas sete Yemanjás são intermediárias e comandam incontáveis linhas de trabalho dentro da Umbanda. Suas Orixás intermediadoras estão espalhadas por todos os níveis vibratórios positivos, onde atuam como mães da “criação”, sempre estimulando nos seres os sentimentos maternais ou paternais.

Todas atuam a nível multidimensional e projetam-se também para a dimensão humana, onde têm muitas de suas filhas estagiando. Todas têm suas hierarquias de Orixás Yemanjás intermediadoras, que regem hierarquias de espíritos religados às hierarquias naturais.

OFERENDA: Velas brancas; azuis e rosas; champagne, calda de ameixa ou de pêssego, amnjar, arroz-doce e melão; rosas e palmas brancas, tudo depositado à beira-mar.

Obaluaiyê

Obaluaiyê PDF Imprimir E-mail

Obaluaiyê é o Orixá que atua na Evolução e seu campo preferencial é aquele que sinaliza as passagens de um nível vibratório ou estágio da evolução para outro.

O Orixá Obaluaiyê é o regente do pólo magnético masculino da linha da Evolução, que surge a partir da projeção do Trono Essencial do Saber ou Trono da Evolução.

O Trono da Evolução é um dos sete Tronos essenciais que formam a Coroa Divina regente do planeta, e em sua projeção faz surgir, na Umbanda, a linha da Evolução, em cujo pólo magnético positivo, masculino e irradiante, está assentado o Orixá Natural Obaluaiyê, e em cujo pólo magnético negativo, feminino e absorvente está assentada a Orixá Nanã Buruquê. Ambos são Orixás de magnetismo misto e cuidam das passagens dos estágios evolutivos.

Ambos são Orixás terra-água (magneticamente, certo?). Obaluaiyê é ativo no magnetismo telúrico e passivo no magnetismo aquático. Nanã é ativa no magnetismo aquático e passiva no magnetismo telúrico. Mas ambos atuam passivamente, o outro atua ativamente.

Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiyê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcança o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).

É o mistério “Obaluaiyê” que reduz o corpo plasmático do espírito até que fique do tamanho do corpo carnal alojado no útero materno. Nesta redução, o espírito assume todas as características e feições do seu novo corpo carnal, já formado.

Muito associam o divino Obaluaiyê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas Obaluaiyê é muito mais do que já o descreveram.

Ele é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro, de uma dimensão para a outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa.

Espero que os Umbandistas deixem de temê-lo e passem a amá-lo e adorá-lo pelo que ele realmente é: um Trono Divino que cuida da evolução dos seres, das criaturas e das espécies, e que esqueçam as abstrações dos que se apegaram a alguns de seus aspectos negativos e os usam para assustar seus semelhantes.

Estes manipuladores dos aspectos negativos do Orixá Obaluaiyê certamente conhecerão os Orixás cósmicos que lidam com o negativo dele. Ao contrário dos tolerantes Exús da Umbanda, estes Obaluaiyês cósmicos são intolerantes com quem invoca os aspectos negativos do Orixá maior Obaluaiyê para atingir seus semelhantes. E o que tem de supostos “pais de Santo” apodrecendo nos seus pólos magnéticos negativos só porque deram mau uso aos aspectos negativos de Obaluaiyê... Bem, deixemos que eles mesmos cuidem de suas lepras emocionais. Certo?

Oferenda:
Velas brancas e brancas/pretas; vinho rosé licoroso, água potável; coco fatiado coberto com mel e pipocas; rosas, margaridas e crisântemos, tudo depositado no cruzeiro do cemitério, á beira-mar ou á beira de um lago.

Ogum

Ogum PDF Imprimir E-mail

Ogum é o Orixá da Lei e seu campo de atuação é a linha divisória entre a razão e a emoção. É o Trono Regente das milícias celestes, guardiãs dos procedimentos dos seres em todos os sentidos.

Ogum é sinônimo de lei e ordem e seu campo de atuação é a ordenação dos processos e dos procedimentos. O Trono da Lei é eólico e, ao projetar-se, cria a linha pura do ar elemental, já com dois pólos magnéticos ocupados por Orixás diferenciados em todos os aspectos. O pólo magnético positivo é ocupado por Ogum e o pólo negativo é ocupado por Iansã. Esta linha eólica pura dá sustentação a milhões de seres elementais do ar, até que eles estejam aptos a entrar em contato com um segundo elemento. Uns têm como segundo elemento o fogo, outros têm na água seu segundo elemento, etc.

Portanto, na linha pura do “ar elemental” só temos Ogum e Iansã como regentes.

Mas se estes dois Orixás são aplicadores da Lei (porque sua natureza é ordenadora), então eles se projetam e dão início às suas hierarquias naturais, que são as que nos chegam através da Umbanda. Os Orixás regentes destas hierarquias de Ogum e Iansã são Orixás Intermediários ou regentes dos níveis vibratórios da linha de forças da Lei.

Saibam que Oxalá tem sete Orixás Intermediários positivos e tem outros sete negativos, que são seus opostos, e tem sete Orixás neutros; Oxum tem sete Orixás intermediárias positivas e tem outras sete negativas, que são suas opostas; Oxóssi tem sete Orixás intermediários positivos, sete negativos, que são seus opostos, e tem sete outros que formam uma hierarquia vegetal neutra e fechada ao conhecimento humano material; Xangô tem sete Orixás intermediários positivos e tem sete negativos, que são seus opostos.

E o mesmo acontece com Obaluayê e Yemanjá. Agora, Ogum e Iansã são os regentes do mistério “Guardião” e suas hierarquias não são formadas por Orixás opostos em níveis vibratórios e pólos magnéticos opostos, como acontece com outros. Não, senhores! Ogum e Iansã formam hierarquias verticais retas ou seqüenciais, sem quebra de “estilo” , pois todos os Oguns, sejam os regentes dos pólos positivos, dos neutros ou tripolares, ou dos negativos, todos atuam da mesma forma e movidos por um único sentido: aplicadores da Lei!

Todo Ogum é aplicador natural da Lei e todos agem com a mesma inflexibilidade, rigidez e firmeza, pois mão se permitem uma conduta alternativa. Onde estiver um Ogum, lá estarão os olhos da Lei, mesmo que seja um “caboclo” de Ogum, avesso às condutas liberais dos freqüentadores das tendas de Umbanda, sempre atento ao desenrolar dos trabalhos realizados, tanto pelos médiuns quanto pelos espíritos incorporadores.

Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os atentos olhos da Lei, sempre vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado.

OFERENDA: Velas brancas, azuis e vermelhas; cerveja, vinho tinto licoroso; flores diversas e cravos, depositados nos campos, caminhos, encruzilhadas, etc.

Xangô

Xangô PDF Imprimir E-mail

Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de equilibrio e eqüidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo.

O Trono Regente Planetário se individualiza nos sete Tronos Essenciais, que projetam-se energética, magnética e vibratoriamente e criam sete linhas de forças ou irradiações bipolarizadas, pois surgem dois pólos diferenciados em positivo e negativo, irradiante e absorvente, ativo e passivo, masculino e feminino, universal e cósmico.

Uma dessas projeções é a do Trono da Justiça Divina que, ao irradiar-se, cria a linha de forças da Justiça, pontificada por Xangô e Egunitá (divindade natural cósmica do Fogo Divino).

Na linha elemental da Justiça, ígnea por excelência, Xangô e Egunitá são os pólos magnéticos opostos. Por isto eles se polarizam com a linha da Lei, que é eólica por excelência. Logo, Xangô polariza-se com a eólica Iansã e Egunitá polariza-se com o eólico Ogum, criando duas linhas mistas ou linhas regentes do Ritual de Umbanda Sagrada.

O Orixá Xangô é o Trono Natural da Justiça e está assentado no pólo positivo da linha do Fogo Divino, de onde se projeta e faz surgir sete hierarquias naturais de nível intermediário, pontificadas pelos Xangôs regentes dos pólos e níveis vibratórios intermediários da linha de forças da Justiça Divina. Estes sete Xangôs são Orixás Naturais; são regentes de níveis vibratórios; são multidimensionais e são irradiadores das qualidades, dos atributos e das atribuições do Orixá maior Xangô.

Eles aplicam os aspectos positivos da justiça divina nos níveis vibratórios positivos e polarizam-se com os Xangôs cósmicos, que são os aplicadores dos aspectos negativos da justiça divina. Como, na Umbanda, quem lida com os regentes desses aspectos são os Exús e as Pomba-Giras.

Os Xangôs intermediários, tal como todos os Orixás Intermediários, possuem nomes mântricos que não podem ser abertos ao plano material. Muitos os chamam de Xangô da Pedra Branca, Xangô Sete Pedreiras, Xangô dos Raios, etc. Enfim, são nomes simbólicos para os mistérios regidos pelos Orixás Xangôs Intermediários. Só que quem usa estes nomes simbólicos não são os regentes dos pólos magnéticos da linha da Justiça, e sim os seus intermediadores, que foram “humanizados” e regem linhas de caboclos que manifestam- se no Ritual de Umbanda Sagrada comandando as linhas de trabalhos de ação e reação.

Eles são os aplicadores “humanos” dos aspectos positivos da justiça divina.
Logo, se alguém disser: “Eu incorporo o Xangô tal”, com certeza está incorporando o seu Xangô individual, que é um ser natural de 6° grau vibratório, ou um espírito reintegrado às hierarquias naturais regidas por estes Xangôs. Nem no Candomblé se incorpora um Xangô de nível intermediário ou qualquer outro Orixá desta magnitude. O máximo que se alcança, em nível de incorporação, é um Orixá de grau intermediador. Mas no geral, todos incorporam seu Orixá individual natural, ou um espírito reintegrado às hierarquias naturais e, portanto, um irradiador de um dos aspectos do seu Orixá maior.

Temos, na Umbanda, os:

Xangôs da Pedra Branca, Xangôs da Pedra Preta, Xangôs das Sete Pedreiras, Xangô das Sete Montanhas, etc.
Que são todos eles, Orixás Intermediadores e regentes de subníveis vibratórios ou regentes de pólos energo-magnéticos cruzados por muitas correntes eletromagnéticas, onde atuam como aplicadores dos mistérios maiores, mas já em pólos localizados em subníveis vibratórios. E todos estes Xangôs intermediadores são regentes de imensas linhas de trabalho, ação e reação. Ou não é verdade que temos caboclos da Pedra Branca, da Pedra Preta, do Fogo, etc.?

Meditem muito sobre o que aqui comentei, pois em se tratando de Orixás, é preciso conhecê-lo a partir da ciência divina ou nos perdemos no abstracionismo e na imaginação humana. Reflitam bastante e depois consultem seus mentores espirituais acerca do que aqui estou ensinando, irmão em Oxalá.

Oferenda: Velas brancas, vermelhas e marrom; cerveja escura, vinho tinto e licor de ambrosia; flores diversas, tudo depositado em uma cachoeira, montanha ou pedreira.
 

Oxossi

Oxossi PDF Imprimir E-mail

Oxóssi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.

O Orixá Oxóssi é tão conhecido que quase dispensa um comentário. Mas não podemos deixar de fazê-lo, pois falta o conhecimento superior que explica o campo de atuação das hierarquias deste Orixá regente do pólo positivo da linha do Conhecimento.

O fato é que o Trono do Conhecimento é uma divindade assentada na Coroa Divina, é uma individualização do Trono das Sete Encruzilhadas e em sua irradiação cria os dois pólos magnéticos da linha do Conhecimento. O Orixá Oxóssi rege o pólo positivo e a Orixá Obá rege o pólo negativo.

Oxóssi irradia o conhecimento e Obá o concentra.

Oxóssi estimula e Obá anula.

Oxóssi vibra conhecimento e Obá absorve as irradiações desordenadas dos seres regidos pelos mistérios do Conhecimento.

Oxóssi é vegetal e Obá é telúrica.

Oxóssi é de magnetismo irradiante e Obá é de magnetismo absorvente.

Oxóssi está nos vegetais e Obá está em sua raiz, como a terra fértil onde eles crescem e se multiplicam.

Oxóssi é o raciocínio hábil e Obá é o racional concentrador.

OFERENDA: Velas brancas, verdes e rosa; cerveja, vinho doce e licor de caju; flores do campo e frutas variadas, tudo depositado em bosques e matas.

Oxum

Oxum PDF Imprimir E-mail

Oxum é o Trono irradiador do Amor Divino e da Concepção da Vida em todos os sentidos. Como “Mãe da Concepção” ela estimula a união matrimonial, e como Trono Mineral ela favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material.


A Orixá Oxum é o Trono Regente do pólo magnético irradiante da linha do Amor e atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.

Seu elemento é o mineral e, junto com Oxumaré, forma toda uma linha vertical cujas vibrações, magnetismo e irradiações planetárias multidimensionais atuam sobre os seres e os estimula os sentimentos de amor e acelera a união e a concepção.

Na Coroa Divina, a Orixá Oxum e o Orixá Oxumaré surgem a partir da projeção do Trono do Amor, que é o regente do sentido do Amor.

Oxum assume os mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu elemento mineral atua nos seres estimulando a união e a concepção.

Todos devem saber que a água é o melhor condutor das energias minerais e cristalinas. Por esta sua qualidade única, surgem diversos tipos de água, sendo que a água “doce” dos rios é a melhor rede de distribuição de energias minerais que temos na face da Terra. E o mar é o melhor irradiador de energias cristalinas.

Saibam que a energia irradiada pelo mar é cristalina e a energia irradiada pelos rios é mineral. E justamente neste ponto, surgem confusões quando confundem a Orixá Oxum com Yemanjá.

A energia mineral está presente em todos os seres e também em todos os vegetais. E por isto Oxum também está presente na linha do Conhecimento, pois sua energia cria a “atração” entre as células vegetais carregadas de elementos minerais. Já em nível mental, a atuação pelo conhecimento é uma irradiação carregada de essências minerais ou de sentimento típicos de Oxum, a concepção em si mesma.

Saibam que a Ciência dos Orixás é tão vasta quanto divina, e está na raiz do todo o saber, na origem de todas as criações divinas e na natureza de todos os seres. É na Ciência dos Orixás que as lendas se fundamentam, e não o contrário. Leiam e releiam estes comentários até entenderem esta magnífica ciência divina e apreenderem suas chaves interpretadoras da ciência dos entrecruzamentos. Se conseguirem estas duas coisas, temos certeza que daí por diante entenderão porque a rosa vermelha é usada como presente pelos namorados e a rosa branca é usada é usada pelos filhos quando presenteiam suas mães. Ou porque se oferece rosas vermelhas para oferendar pomba-gira, rosas brancas para Yemanjá e rosas amarelas para oferendar Oxum, ou rosas “cor de rosa” para as crianças (Erês).

Saibam que, se todas são rosas, no entanto os pigmentos que as distinguem são os condutores de “minerais” e de energias minerais. Para um leigo, todas são rosas. Mas para um conhecedor, cada rosa é um mistério em si mesma. E o mesmo acontece com cada cor, certo? Logo, o mesmo acontece com cada Orixá Intermediário, que são mistérios dos Orixás Maiores.

Saibam também que todo jardim com muitas roseiras é irradiador de essências minerais que tornam o ambiente um catalisador natural das irradiações de amor da divindade planetária que, amorosamente, chamamos de Mamãe Oxum.

Outra coisa que recomendo aos Umbandistas é: por que vocês, ao invés de oferecerem rosas às suas Oxuns, não plantam perto das cachoeiras mudas de roseiras? As rosas murcham e logo apodrecem. Mas uma muda de roseira cresce, floresce, embeleza e vivifica o santuário natural dessas nossas mães do Amor.

Oferenda
: Velas brancas, azuis e amarelas; flores, frutos e essência de rosas; champagne e licor de cereja, tudo depositado as pé de uma cachoeira.
 

Oxalá

Oxalá PDF Imprimir E-mail

Oxalá é o Trono Natural da Fé e seu campo de atuação preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade.

Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá. Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e multidimensional. Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres. Comentar Oxalá é desnecessário porque ele é a própria Umbanda. Logo, vamos nos afixar nas suas qualidades, atributos e atribuições.

QUALIDADES: As qualidades de Oxalá são, todas elas, mistérios da Fé, pois ele é o Trono Divino irradiador da Fé. Nada ou ninguém deixa de ser alcançado por suas irradiações estimuladoras da fé e da religiosidade. Seu alcance ultrapassa o culto dos Orixás, pois a religiosidade é comum a todos os seres pensantes. Jesus Cristo é um Trono da Fé de nível intermediário dentro da hierarquia de Oxalá. E o mesmo acontece com Buda e outras divindades manifestadoras da fé, pois muitos Tronos Intermediários já se humanizaram para falar aos homens como homens e , assim, melhor estimularem a fé em Deus. Todas as divindades irradiam a fé. Mas os Tronos da hierarquia de Oxalá são mistérios da Fé e irradiam-na o tempo todo.

ATRIBUTOS: Os atributos de Oxalá são cristalinos, pois é através da essência cristalina que suas irradiações nos chegam, imantando-nos e despertando em nosso íntimo os virtuosos sentimentos de fé. Saibam que a essência cristalina irradiada pelo Divino Trono Essencial da Fé é neutra quando irradiada. Mas como tudo se polariza em dois tipos de magnetismos, então o pólo positivo e irradiante é Oxalá e o pólo negativo e absorvente é Oiá. Oxalá irradia fé o tempo todo e Oiá absorve as irradiações religiosas desordenadas vibradas pelos religiosos desiquilibrados. Ela se contrapõe a ele porque a atuação dela é no sentido de absorver os excessos religiosos vibrados pelos seres que se excedem nos domínios da fé. Já Oxalá irradia fé e estimula a religiosidade o tempo todo, a todos.

ATRIBUIÇÕES: As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados. É uma pena que seja assim, porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina irradiação do divino Oxalá... e entram nos gélidos domínios da divina Oiá, a Senhora do Tempo e dos eguns negativados nos aspectos da fé.

OFERENDAS: Oxalá é oferendado com velas brancas, frutas, côco verde, mel e flôres. Os locais para oferendá-lo são aqueles que mais puros se mostram, tais como: bosques, campinas, praias limpas, jardins floridos, etc. Já os regentes dos pólos negativos da linha da Fé não se abrem ao plano material e não são invocados ou oferendados.

Nanã

Nanã PDF Imprimir E-mail

A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais equilibrada.

A orixá Nanã Buruquê rege uma dimensão formada por dois elementos, que são: terra e água. Ela é de natureza cósmica pois seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres que, quando recebem suas irradiações, aquietam-se, chegando até a terem suas evoluções paralisadas. E assim permanecem até que tenham passado por uma decantação completa de seus vícios e desequilíbrios mentais. Nanã forma com Obaluaiyê a sexta linha de Umbanda, que é a linha da Evolução. E enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar. Saibam que os orixás Obá e Omulu são regidos por magnetismos “terra pura”, enquanto Nanã e Obaluaiyê são regidos por magnetismos mistos “terra-água”. Obaluaiyê absorve essência telúrica e irradia energia elemental telúrica, mas também absorve energia elemental aquática, fraciona-a em essência aquática e a mistura à sua irradiação elemental telúrica, que se torna “úmida”. Já Nanã, atua de forma inversa: seu magnetismo absorve essência aquática e a irradia como energia elemental aquática; absorve o elemento terra e, após fracioná-lo em essência, irradia-o junto com sua energia aquática.

Estes dois orixás são únicos, pois atuam em pólos opostos de uma mesma linha de forças e, com processos inversos, regem a evolução dos seres. Enquanto Nanã decanta e adormece o espírito que irá reencarnar, Obaluaiyê o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético, já adormecido, até o tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado .

Este mistério divino que reduz o espírito ao tamanho do corpo carnal, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação do óvulo pelo sêmen, é regido por nosso amado pai Obaluaiyê, que é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro.

Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal. Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a “memória” dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.

Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos. Nas “linhas da vida”, encontramos os orixás atuando através dos sentidos e das energias. E cada um rege uma etapa da vida dos seres.

Logo, quem quiser ser categórico sobre um orixá, tome cuidado com o que afirmar, porque onde um de seus aspectos se mostra, outros estão ocultos. E o que está visível nem sempre é o principal aspecto em uma linha da vida. Saibam que Nanã em seus aspectos positivos forma pares com todos os outros treze orixás, mas sem nunca perder suas qualidades “água-terra”. Já em seus aspectos negativos, bem, como a Umbanda não lida com eles, que os comente quem lidar, certo?

Omulú

Omulú PDF Imprimir E-mail

Omulú é o orixá que rege a morte, ou no instante da passagem do plano material para o plano espiritual (desencarne)

É com tristeza que temos visto o temor dos irmãos umbandistas quando é mencionado o nome do nosso amado Pai Omulu. E no entanto descobrimos que este medo é um dos frutos amargos que nos foram legados pelos ancestrais semeadores dos orixás em solo brasileiro, pois difundiram só os dois extremos do mais caridoso dos orixás, já que Omulu é o guardião divino dos espíritos caídos. O orixá Omulu guarda para Olorum todos os espíritos que fraquejaram durante sua jornada carnal e entregaram-se à vivenciação de seus vícios emocionais. Mas ele não pune ou castiga ninguém, pois estas ações são atributos da Lei Divina, que também não pune ou castiga. Ela apenas conduz cada um ao seu devido lugar após o desencarne. E se alguém semeou ventos, que colha sua tempestade pessoal, mas amparado pela própria Lei, que o recolhe a um dos sete domínios negativos, todos regidos pelos orixás cósmicos, que são magneticamente negativos. E Tatá Omulu é um desses guardiões divinos que consagrou a si e à sua existência, enquanto divindade, ao amparo dos espíritos caídos perante as leis que dão sustentação a todas as manifestações da vida..

Esta qualidade divina do nosso amado pai foi interpretada de forma incorreta ou incompleta, e o que definiram no decorrer dos séculos foi que Tatá Omulu é um dos orixás mais “perigosos” de se lidar, ou um dos mais intolerantes, e isto quando não o descrevem como implacável nas suas punições.

Ele, na linha da Geração, que é a sétima linha de Umbanda, forma um par energético, magnético e vibratório com nossa amada mãe Yemanjá, onde ela gera a vida e ele paralisa os seres que atentam contra os princípios que dão sustentação às manifestações da vida. Em Tatá Omulu descobri o amor de Olorum, pois é por puro amor que uma divindade consagra-se por inteiro ao amparo dos espíritos caídos. E foi por amor a nós que ele assumiu a incumbência de nos paralisar em seus domínios, sempre que começássemos a atentar contra os princípios da vida. Enquanto a nossa mãe Yemanjá estimula em nós a geração, o nosso pai Omulu nos paralisa sempre que desvirtuamos os atos geradores.

Mas esta “geração” não se restringe só à hereditariedade, já que temos muitas faculdades além desta, de fundo sexual. Afinal, geramos idéias, projetos, empresas, conhecimentos, inventos, doutrinas, religiosidades, anseios, desejos, angústias, depressões, fobias, leis, preceitos, princípios, templos, etc. Temos a capacidade de gerar muitas coisas, e se elas estiverem em acordo com os princípios sustentados pela irradiação divina, que na Umbanda recebe o nome de “linha da Geração” ou “sétima linha de Umbanda”, então estamos sob a irradiação da divina mãe Yemanjá, que nos estimula.

Mas, se em nossas “gerações”, atentarmos contra os princípios da vida codificados como os únicos responsáveis pela sua multiplicação, então já estaremos sob a irradiação do divino pai Omulu, que nos paralisará e começará a atuar em nossas vidas, pois deseja preservar-nos e nos defender de nós mesmos, já que sempre que uma ação nossa for prejudicar alguém, antes ela já nos atingiu, feriu e nos escureceu, colocando-nos em um de seus sombrios domínios. Ele é o excelso curador divino pois acolhe em seus domínios todos os espíritos que se feriram quando, por egoísmo, pensaram que estavam atingindo seus semelhantes. E, por amor, ele nos dá seu amparo divino até que, sob sua irradiação, nós mesmos tenhamos nos curado para retomarmos ao caminho reto trilhado por todos os espíritos amantes da vida e multiplicadores de suas benesses.

Todos somos dotados dessa faculdade, já que todos somos multiplicadores da vida, seja em nós mesmos, através de nossa sexualidade seja nas idéias, através de nosso raciocínio, assim como geramos muitas coisas que tornam a vida uma verdadeira dádiva divina. Tatá Omulu, em seu pólo positivo, é o curador divino e tanto cura alma ferida quanto nosso corpo doente. Se orarmos a ele quando estivermos enfermos ele atuará em nosso corpo energético, nosso magnetismo, campo vibratório e sobre nosso corpo carnal, e tanto poderá curar-nos quanto nos conduzir a um médico que detectará de imediato a doença e receitaria medicação correta.

O orixá Omulu atua em todos os seres humanos, independente de qual,. seja a sua religião. Mas esta atuação geral e planetária processa-se através de, uma faixa vibratória especifica e exclusiva, pois é através dela que fluem as irradiações divinas de um dos mistérios de Deus, que nominamos de “Mistério da Morte”. Tatá Omulu, enquanto força cósmica e mistério divino, é a energia que se condensa em torno do fio de prata que une o espírito e seu corpo físico, e o dissolve no momento do desencarne ou passagem de um plano para o outro.

Neste caso ele não se apresenta como o espectro da morte coberto com manto e capuz negro, empunhando o alfanje da morte que corta o fio da vida. Esta descrição é apenas uma forma simbólica ou estilizada de se descrever a força divina que ceifa a vida na carne. Na verdade, a energia que rompe o fio da vida na carne é de cor escura, e tanto pode parti-lo num piscar de olhos quando a morte é natural e fulminante, como pode ir se condensando em torno dele, envolvendo-o todo até alcançar o espírito, que já entrou em desarmonia vibratória porque a passagem deve ser lenta, induzindo o ser a aceitar seu desencarne de forma passiva.

O orixá Omulu atua em todas as religiões e em algumas é nominado de “Anjo da Morte” e em outras de divindade ou “Senhor dos Mortos”. No antigo Egito ele foi muito cultuado e difundido e foi dali que partiram sacerdotes que o divulgaram em muitas culturas de então. Mas com o advento do Cristianismo seu culto foi desestimulado já que a religião cristã recorre aos termos “anjo” e “arcanjo” para designar as divindades. Logo, nada mais lógico do que recorrer ao arquétipo tão temido do “Anjo da Morte”, todo coberto de preto e portando o alfanje da morte, para preencher a lacuna surgida com o ostracismo do orixá ou divindade responsável por este momento tão delicado na vida dos seres.

O culto a Tatá Omulu surgiu entre os negros levados como escravos ao antigo Egito, que o identificaram como um orixá e o adaptaram às suas culturas e religiões. Com o tempo, ele foi, a partir desse sincretismo, assumindo sua forma definitiva, até que alcançou o grau de divindade ligada à morte, à medicina e às doenças. Já em outras regiões da África, este mistério foi assumindo outras feições e outros orixás semelhantes surgiram, foram cultuados e se humanizaram. “Humanizar-se” significa que o orixá ou a divindade assumiu feições humanas, compreensíveis por nós e de mais fácil assimilação e interpretação. Tatá Omulu não vibra menos amor por nós do que qualquer um dos outros orixás e está assentado na Coroa Divina, pois é um dos Tronos de Olorum, o Divino Criador. Atotô, meu pai!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Filosofia - Ritual


Filosofia - Ritual  
     
   
Sem nenhuma dúvida quse cada terreiro de Umbanda cria o seu próprio ritual, regras e filosofia de trabalho. Quando iniciamos nossos trabalhos tivemos que montar o nosso. Baseados no ritual ensinado em um excelente disco 33 rotações cantado pelo pai-de-santo Carlos Buby, copiamos nosso ritual.

Hoje ele não está muito diferente embora tenham sido introduzidos novos pontos criados pelass entidades do terreiro. Devemos entender que o ritual não é só o obedecido no inicio das giras, mas todo o comportamento ético e respeitoso que temos com as entidades e entre nós, os médiuns. Mas, neste texto, vamos explicar o começo de uma gira até o seu encerramento. Servirão para mostrar que tudo deve ser aberto e sem segredos. Claro que muita coisa pessoal está alicerçada nesses fundamentos. Em formação de duas linhas os médiuns entram no terreiro cantando o Hino da Umbanda.

A roupa é branca, mas não é uniformizada. As camisas masculinas e blusas femininas não são iguais. Mas são todas brancas. Preferencialmente não se deve usam sapatos com sola de borracha para evitar o corte da corrente médium-terra. Pés descalços ou solas de corda são comuns. Após o Hino da Umbanda cantamos uma musica chamada A Grande Luz que ouvi em um disco e não tomei o cuidado, na ocasião, de anotar o nome do autor. Se alguém souber, agradeceria a indicação, pois pretendo dar ao autor todo o crédito dessa linda canção. Feito isso passa-se ao ritual do bate à cabeça, onde o médium, com a testa no chão, reverencia todo o povo da Umbanda.

São saudados nossos Anjos da Guarda, com ponto de autoria das entidades da nossa casa. Após esse ritual abre-se a gira oficialmente com o Pai Nosso e, em nome de todas as entidades da Casa, abre-se a gira em ponto com letra e musica também das entidades de nosso terreiro e, em seguida, com a mesma origem musical, saudamos nossa engoma e uma entidade chamada Ogam Kaian, que é o espírito protetor de todos os nossos músicos. Fazemos a saudação aos Orixás Oxalá, Ogum, Iemanjá, Oxum, Xangô, Iansã e Oxossi e também às entidades que trabalham na Casa. Em seguida pedimos a proteção ao Exu Guardião, da linha Tranca Ruas.

Como todos os alguidares dos médiuns da Casa estão à vista, cantamos um ponto feito em nosso Terreiro saudando o pai-de-cabeça de cada membro e, sem interrupção, chamam o Caboclo Akuan que comanda a gira de Ogum. Nessa ocasião só existia a gira que se iniciou sob nosso comando e em sua fundação. Hoje mais seis giras trabalham em nosso terreiro e a única alteração é que os Orixás dos pais e mães-de-santo são diferentes e as saudações são feitas a cada um. Todas as giras, sob o nosso comando, são abertas e trabalham na primeira parte os Oguns. Depois disso é que se chama a linha que vai trabalhar na noite e dão as consultas e atendimento ao público e obedecem a essa ordem: caboclos, boiadeiros ou ciganos, preto-velhos, e esquerda.
Todas as giras em inicio às 20:00 e encerram-se as 24:00 horas. Muita gente pergunta qual a razão do encerramento ser a meia-noite. Levanta-se a questão se é alguma razão astral. Não, não tem nada com a parte astral, principalmente porque lá o tempo não existe. É porque no dia seguinte os médiuns e freqüentadores do terreiro têm seus compromissos profissionais e suas vidas comuns devem continuar sem o cansaço normal da noite anterior.

Filosofia - Ervas e Amalás [ MARIA PADILHA ]


   
    Filosofia - Ervas e Amalás  
       
   
 
       
   
   
 
Dona Maria Padilha


Amala
7 maças vermelhas, 21 morangos, 7 Ameixas Vermelhas, 7 Bombons, 7 Velas Brancas, Cigarro, Anis e Flores

Filosofia - Ervas e Amalás [MANHEIROS ]

Filosofia - Ervas e Amalás  
       
   
 
       
   
   
 
Marinheiro

Para a linha dos marinheiros nós preparamos uma entrega com arroz branco, peixe de água salgada, às vezes batata com mel, pedaços de coco, cigarro, marafo e como flores o cravo. Pode ser usado no lugar do alguidar de barro a gamela, folhas de bananeira ou aquela casca do coqueiro. 

Local de entega:

na beira da praia

Filosofia - Ervas e Amalás [EXÚ ]


Filosofia - Ervas e Amalás  
       
   
 
       
   
   
 
Exú

Amalá
7 velas vermelhas e sete pretas; Comida: farofa de milho, com bastante pimenta e alho, coberto com azeite de dendê; o recipiente pode ser, no caso dos exus, um alguidar de barro; bebida: marafo; 7 charutos; se quiser flores vermelhas; No caso dos exus os lugares dentro da cidade seria nas encruzilhadas, portão do cemitério ou dentro do cemitério (o cemitério chama-se calunga pequena), para os exus da encruzilhada, do cemitério e das almas. Entretanto no caso dos exus, recomendo que a entrega seja feita dentro de um mato ou em sua entrada, de preferência em baixo de dois galhos de árvores que se cruzem. Para as pombas-gira o procedimento é o mesmo, exceto que ao invés do charuto deve ser entregue cigarros acompanhado de uma caixa de fósforos entreaberta e a bebida seria vinho tinto.



 
   

Filosofia - Ervas e Amalás [CRIANÇAS ]


Filosofia - Ervas e Amalás  
       
   
 
       
   
   
 
Criança

Amalá
7 ou 14 velas brancas, rosas ou azuis. Balas, pirulitos que podem ser do formato de chupeta e doces de qualquer tipo. A bebida deve ser um refrigerante de preferência guaraná. Local de entrega um jardim ou um campo onde tenha flores.
 
   

Filosofia - Ervas e Amalás [ CIGANOS ]


   
    Filosofia - Ervas e Amalás  
       
     
       
   
   
 
Cigano

Amalá
3 ou 7 velas de cera incolor, frutas como maçã, pêssego, uva principalmente, dentro de uma gamela, arroz integral e batatas assadas pequenas e descascadas, coberto com canela e mel tudo arranjado com flores. Bebida para o cigano vinho tinto, e para a cigana vinho branco. Para o cigano cigarro ou cigarrilha, e para cigana cigarros.